vazio. é assim que se sente. assim também é o lugar que está. escuro. uma onda de pavor o abate. sente-se pequeno, encolhido. pequeno demais perto da escuridão. quantos olhos podem ali estar? quantos dentes? fora jogado ali sem defesas. sente a Morte ao seu redor, ali, bem perto. sente o vazio e o tudo. o universo em sua totalidade. cada estrela. cada planeta. e é tão pequeno perto dele. e isso o apavora. "até quando?". ele não sabe. ninguém sabe. tentava pensar em coisas alegres, e a imagem dela vinha à sua cabeça, sorrindo, como sempre gostara. o pavor retorna, em menos força. havia ela, ainda. e pretendia vê-la. amava-a, afinal. tinha de sair dali. e assim foi. tateando as paredes do corredores. que estavam escuros. assim como sua alma.
luz. seus olhos rejeitam-a. com o tempo a encherga. linda. como sempre fora. e como sempre será, em seu coração. à medida que se aproxima, a nostalgia toma conta. lembra de quando eram crianças. quando... quer tê-la pra sempre.
- e será eterno... querida.
o vermelho surge no lençol branco. nenhum grito. nenhum ruído. nenhuma dor. não mais.
luz. seus olhos rejeitam-a. com o tempo a encherga. linda. como sempre fora. e como sempre será, em seu coração. à medida que se aproxima, a nostalgia toma conta. lembra de quando eram crianças. quando... quer tê-la pra sempre.
- e será eterno... querida.
o vermelho surge no lençol branco. nenhum grito. nenhum ruído. nenhuma dor. não mais.

